sexta-feira, 11 de julho de 2008

Vocês já ouviram falar em Wikimarketing?

Estava visitando o site Mundo do Marketing e essa terminologia me chamou atenção. O conceito é muito interessante e se conseguirmos adaptar ao mundo do marketing jurídico, conseguiremos um “plus” a mais principalmente no relacionamento com nossos clientes, bem como na percepção deles diante do nosso Escritório.Vocês vêem algum impedimento em detrimento ao código de ética? Será que essa ferramenta seria viável no nosso contexto?


Wikimarketing, a rede colaborativa como ferramenta de Marketing
Por Marcelo Miyashita*


O Marketing e seus conceitos estão passando por uma revisão conceitual numa velocidade nunca vista antes. Nos seus primórdios, o termo Marketing significava apenas o estudo do mercado, a mercadologia - assim se tornou disciplina pela primeira vez em 1905, na University of Pennsylvania. Demoraram cinco décadas para que o conceito fosse revisto, influenciado pelo pensamento da administração por objetivos, que começou a olhar a administração para fora, para o mercado, e a fazer dele sua base de decisões. Uma das obras capitais foi o livro de Peter Druker, de 1954, Prática de Administração de Empresas. Por muitos considerada a obra que marca o nascimento do Marketing como filosofia de negócios e ideologia empresarial.Logo em seguida, em 1960, E. Jerome McCarthy, professor da Michigan State University, apresentou no clássico Marketing Básico: Uma visão Gerencial a principal caixa de ferramentas de marketing, utilizada até hoje e que virou até termo pop: os 4 Ps (produto, preço, ponto e promoção). Durante muitas décadas, o Marketing foi compreendido como a gestão dessas ferramentas em prol da organização e da satisfação do cliente.Em 2004, influenciado pelo aumento da importância da gestão do relacionamento - que consiste na boa gestão do atendimento, prestação de serviços e pós-venda - a AMA (American Marketing Association), ampliou e acrescentou à definição de Marketing a administração do relacionamento com clientes. Esse é o conceito que vigora até o momento.Mas, apesar de ter apenas quatro anos, essa definição bem que poderia ser revista mais uma vez. Isto porque, neste período, ocorreu a cristalização de um fenômeno que irá influenciar a prática de Marketing das companhias modernas: a força e inteligência das redes colaborativas, o conceito Wiki.O conceito WikiO neologismo Wiki – derivado de wikiwiki, que em língua havaiana significa “rápido” – foi cunhado pela Wikimedia Foundation em 2003, que desenvolveu o software MediaWiki e colocou no ar o site Wikipedia – A enciclopédia livre. Uma enciclopédia aberta para que fosse escrita e atualizada pelos próprios internautas, por meio de postagem de artigos. Agora, em 2008, já são mais de 2 milhões de artigos em língua inglesa e mais de 350 mil artigos em língua portuguesa - é a maior enciclopédia disponível na Internet e responsável pela disseminação do modo Wiki de geração de conteúdo, também chamada de Web 2.0.A partir de 2005, os projetos na Internet que mais obtiveram sucesso, visitação e comentários, foram os projetos que possibilitavam a geração de conteúdo livremente, com ou sem gestores controladores: Orkut, YouTube, MySpace e Second Life. Além dos inumeráveis blogs e fotologs. Esse movimento foi bem descrito no livro Wikinomics – Como a Colaboração em Massa Pode Mudar o seu Negócio, de Don Tapscott & Anthony D. Williams. Wikinomis, ou o seu neologismo em português, Wikinomia, é conceituado, pelos autores, como a arte e ciência da colaboração.Os autores defendem que o conceito de sistemas que se auto-organizam, criando uma ordem, mas sem comando central, podem também ser estimulados e, até mesmo, orquestrados. Um exemplo citado é o projeto InnoCentive, criado pela Procter & Gamble. Na época, em 2001, com 7.500 pesquisadores contratados, a P&G achava esse pequeno exército insuficiente para manter sua liderança. Em vez de contratar mais pesquisadores, o CEO A.G. Lafley instruiu os líderes das unidades de negócios a buscar, fora da empresa, 50% das idéias para novos produtos e serviços.Hoje, o InnoCentive é uma rede colaborativa que reúne 35 empresas da Fortune 500 de um lado e 91 mil pesquisadores de 175 países de outro. As companhias colocam para eles problemas que suas equipes de P&D (pesquisa e desenvolvimento) não conseguiram resolver e oferecem recompensas que vão de US$ 5 mil a US$ 1 milhão para quem trouxer soluções viáveis. Por meio desse projeto, essas empresas nada mais fazem do que manter uma rede colaborativa que se complementa e inova em prol de desafios, gerenciada e remunerada pela organização. Mesmo esses colaboradores não sendo funcionários, sua dimensão global e seus 91 mil integrantes a transformam numa grande máquina geradora de inovação.WikimarketingE como a rede colaborativa pode ser útil como ferramenta de Marketing? A rede colaborativa, no fundo, é o que diversas empresas hoje vêm buscando criar junto aos seus programas de Marketing de relacionamento. Uma extensão natural - depois de conseguir criar, manter e se relacionar com um círculo de clientes determinado - é trabalhar esse círculo para que gerem valor, por meio de idéias, sugestões e críticas.Na era do relacionamento, o envolvimento com o público-alvo de um programa ainda é visto sob a ótica de interesse da companhia, ou seja, o que a empresa ganha com isso. Compreender que os próprios clientes, por exemplo, também podem ser fontes de informações e inovações, transforma essa relação e coloca os clientes como colaboradores em primeiro plano, como agentes, e não só como compradores e usuários.Claro que, para essa relação existir, mais que recompensas, vale a reputação que a companhia constrói, fruto de bons produtos, serviços e atendimento prestados. Informalmente, clientes já são colaboradores - basta observar o volume de comentários que uma central de atendimento recebe diariamente. A questão é que isso não é percebido, pela maioria das empresas, como uma rede colaborativa. No máximo, um canal informativo em que o cliente deposita suas opiniões. Opiniões estas que nem sempre são lidas e, muito menos, respondidas.Está na hora de praticar mais wikimarketing nas organizações. Numa época em que a inovação contínua é tão propalada e valorizada nos negócios, não dá para abrir mão do volume e da diversidade de idéias que uma rede colaborativa de clientes pode trazer para as organizações. Quem sabe, daqui algum tempo, teremos mais uma revisão da definição de marketing, colocando como objetivo, depois do relacionamento, a colaboração dos clientes. E que seja wikiwiki!* Marcelo Miyashita é consultor e palestrante da Miyashita Consulting e colunista do Mundo do Marketing. É também professor de pós-graduação e MBA, e leciona nas instituições: Cásper Líbero, FGV EAESP, PUC-SP, Madia Marketing School, Trevisan, IMES, IBModa e UNIP.

Acessehttp://www.miyashita.com.br/
Mundo do Marketing: Publicado em 4/3/2008
fonte: http://www.mundodomarketing.com.br/materia.asp?codmateria=3530

terça-feira, 8 de julho de 2008

O que realmente é relacionamento?

Hoje estava pesquisando notícias referentes ao mundo do marketing e me peguei lendo uma matéria de Denise Poser, publicada em abril de 2007 que me fez refletir muito. Mesmo não sendo segmentada ao Marketing Juridíco, pode ser feita uma releitura acerca desta matéria.
Primeiramente irei disponibiliza-lá e depois irei apresentar a releitura.
O que realmente é relacionamento?
Por Denise von Poser*

É estranho, mas, atualmente, em todos os canais de comunicação, encontramos a expressão “centralização no cliente”. Parece tudo muito novo: CRM – Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente, focalizar no cliente, encantar o cliente, prover ferramentas de apoio ao relacionamento com o cliente. Mas, nada disso é novo. Estamos “reinventando a roda”. O cliente sempre foi a nossa meta, só que nos esquecemos de seus desejos e necessidades e assim focalizamos o nosso negócio em produtos e serviços que nós queremos oferecer a ele.
Destarte Marketing de Relacionamento é um conjunto de processos que nos permite conhecer nossos clientes, diferenciá-los em suas lucratividades conferidas ao nosso negócio, analisando suas necessidades e desejos para que não dividam seu poder de aquisição para nossa empresa, comprando também de nossos concorrentes.
O primeiro passo é ter a certeza que o foco não é no cliente e sim do cliente! Hoje a oferta é muito maior que a demanda. Qualidade e preço não são mais diferenciais de mercado.
O importante não é o quanto custa e sim quanto vale!
Por que pagamos mais caro por produtos e serviços? Porque são realmente SOLUÇÕES para nossas necessidades e... desejos! São estes os dois únicos motivos para explicar nossas decisões de consumo. Pode-se argumentar a respeito do impulso, mas este está segmentado dentro dos desejos que temos. Concluímos então que nossas decisões de consumo são EMOCIONAIS, quer por necessidade, quer por vontade. Simples e ao mesmo tempo assustador, não?
Outro dia um aluno me questionou interessadamente, argumentando que a decisão de compra de um parafuso e que a decisão de compra empresarial não eram emocionais. Achei muito pertinente esta colocação para expor:
- Se estamos comprando um parafuso, estamos com algum problema para solucionar e assim não estamos satisfeitos e carregamos esta emoção, até chegar à solução: o parafuso!- Se um profissional comprar adequadamente terá melhor visibilidade em sua carreira, se comprar inadequadamente, será terrível para ele.
Como escolhemos indumentária, cosméticos, escolas, moradias, automóveis, seguros e todos os demais itens que compramos no nosso dia-a-dia? Esta profunda análise é muito necessária também ao nosso planejamento estratégico profissional. Custo X Benefício. Que benefício? Tangível e intangível e atualmente os benefícios ditos “intangíveis” estão sendo cada vez mais procurados.
Temos uma enorme variedade de escolha em todos os segmentos. De quem vamos comprar? Por quê?
Já que nossas decisões são emocionais, só podemos concluir que vamos preferencialmente oferecer a opção de compra para quem realmente nos oferece soluções reais. E para tal o fornecedor precisa nos conhecer e saber o que precisamos e queremos! Desde um pequeno comércio, até uma grande empresa fabricante e distribuidora.De quem você compra? Qual o canal escolhido? O que você compra? Por quê? Precisamos analisar profundamente nossas escolhas, pois SE EU NÃO SEI COMO E PORQUE COMPRO, NUNCA PODEREI APRENDER A VENDER. Daí a explicação do foco do cliente.
Relacionamento é a palavra mágica. Para conhecer alguém eu preciso me relacionar com esta pessoa em vários canais e cadastro não é relacionamento. Informações sobre os dados de uma pessoa não nos contam quem ela é e o que quer. Um cadastro é apenas um registro.
Se sua empresa é pequena um MS Excel pode ser mais que o suficiente para registrarmos tudo o que conseguirmos em cada ponto de contato. Se for um pouco maior um MS Access por “dar conta do recado”, mas se temos como exemplo, uma grande empresa, precisamos de ferramentas mais potentes que nos ofereçam cruzamentos de TODOS OS PONTOS DE CONTATOS, bem como análises do resultado destas interações.
A palavra–chave é estimular os contatos, quer sejam ativos ou passivos e a comunicação precisa ser profundamente consistente e personalizada. Por vezes reclamações podem ser verdadeiras “bênçãos”! Se erramos e consertamos assim que nos é conferida a percepção de desagravo, criamos uma real e verdadeira relação de confiança e pode ser com um cliente muito lucrativo que vai nos presentear com uma ação de marketing viral, para todo o seu relacionamento pessoal e profissional, narrando a todos como resolvemos “seu problema” rapidamente. Se eu confio, eu continuo comprando!
Um dos maiores erros em relacionamento é o exemplo do “Fale Conosco” em nossos websites quando recebemos comunicações e informamos: “Não responda a este e-mail”! Se não queremos nos relacionar por que enviamos a mensagem? Estamos simplesmente inibindo o relacionamento. Ou outro exemplo: Enviamos um e-mail para o “Fale Conosco” e recebemos uma mensagem automática nos informando que “nossos horários de atendimento (através de um número de telefone), são...” Então por que abrir este canal e não responder por ele?
Se as decisões de consumo são emocionais, podemos concluir que as pessoas querem se sentir importantes para seus fornecedores. Porque são arrogantes ou se sentem especiais acima de outros? Não! Porque precisam de soluções adequadas à suas necessidades e desejos. As ofertas são muitas! “Quem vai dar mais por mim!”
É muito interessante notar que quando achamos que sabemos todas as respostas, o cliente chega a nós e MUDA A PERGUNTA!
Depois que identificamos o valor de determinados clientes, consumidores e usuários para nosso negócio, precisamos premiar suas compras, para um reconhecimento especial e estimular novas aquisições. Com programas de milhagem complicados e sem qualquer adição de valores percebidos? De maneira alguma e infelizmente é o praticado por grande parte de fornecedores.
Programa de milhagem “relacionamento” com data-de-validade! Um absurdo! Relacionamento tem data-de-validade? Já comprou a nossa marca, já nos premiou com suas compras e vamos colar uma data limite para presenteá-lo? Se assim for, é melhor não fazer. As pessoas ficam profundamente ofendidas e não acrescentamos qualquer valor ao “relacionamento”, não acrescentamos qualquer diferencial ou valorização para nossos clientes. Quanto mais o cliente se sentir diferenciado, maior será sua lealdade e nossa conseqüente lucratividade. Jamais podemos nos esquecer que a “lucratividade indireta” é muito maior que a direta. O que significa isso? Nossos melhores consumidores, se devidamente reconhecidos, vão nos recomendar para toda a sua rede de relacionamento. Vão ser nossos “advogados/apóstolos”. Vão fazer propaganda dos valores percebidos por eles e vão nos trazer, gratuitamente, novos consumidores já positivados. NETWORKING DE NOSSOS MELHORES CLIENTES, PARA NOSSA EMPRESA!
Se o cliente sentir/perceber que esta diferenciação é real suporte à suas necessidades e que suas informações/relacionamento estão sendo realmente bem cuidados e valorizados, teremos um enorme tesouro em nossas mãos. Por que perder esta fantástica oportunidade? Este é o resultado final e perene das estratégias de Marketing de Relacionamento.
Regras de ouro- Não faça aos outros o que não gostaria que fosse feito a você.- Lidera quem enxerga o óbvio.- Não peça nada a ninguém sem oferecer algo de valor em troca. Tudo é “uma via de mão – dupla”.- Precisamos dar atenção especial a quem nos traz lucro.- Nenhuma estratégia profissional, comercial ou corporativa terá resultados se não pudermos traçar um paralelo com nossas vidas pessoais, pois estamos lidando com gente, e gente é emoção pura.- A real diferença é feita por “gente”. Tenha sempre em mente que a “linha-de-frente” precisa estar preparada e... MOTIVADA!- Quando a emoção está envolvida, o preço não é fator determinante de escolha de consumo.

* Denise von Poser é professora da Pós –Graduação e professora dos Cursos de Férias da ESPM. Possui sua empresa em consultoria estratégica de MKT de Relacionamento e é autora da obra Marketing de Relacionamento – Maior Lucratividade para Empresas Vencedoras. Editora Manole/2005. Pode ser contatada pelo e-mail: dposer@espm.br ou denise.von@gmail.com
Mundo do Marketing: Publicado em 5/4/2007
Nathalia Martins.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Novidades na advocacia

Divulgando notícia sobre a Fenalaw 2008

Novidades na advocacia
Fenalaw 2008 deve receber 4 mil visitantes em São Paulo

A Feira de Serviços e Suprimentos Jurídicos (Fenalaw), deste ano, deve receber cerca de quatro mil visitantes. A feira, tradicionalmente traz soluções e novidades em produtos e serviços para escritórios e advogados, será realizada nos dias 7 a 9 de outubro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.
A consultora Anna Luiza Boranga, idealizadora e coordenadora da Fenalaw, o perfil do público nas feiras anteriores foi composto por 47,43% de advogados e 12,71% de estudantes. Do total dos visitantes, 14,20% são de administradores de departamentos jurídicos, administradores de escritórios e advogados de departamentos jurídicos. Os 25,65% restantes exercem outras funções.
Paralelamente, a Fenalaw vai promover um congresso com o debate de temas importantes. Convidados do Brasil e do exterior vão falar sobre a administração de escritórios de advocacia, defesa da concorrência, oportunidades de negócios, criminalidade na era da tecnologia, o relacionamento entre imprensa e advocacia, arbitragem, sistema tributário, entre outras questões.
Entre os participantes estão o diretor da Faculdade de Direito da USP, João Grandino Rodas, os advogados Yves Gandra da Silva Martins e Arnold Wald, o ex-presidente da Receita Federal, Everardo Maciel, os jornalistas Márcio Chaer, diretor da revista Consultor Jurídico, Cristine Prestes, do Valor Econômico e Tiago Lethbridge, da Revista Exame.
“A OAB SP se orgulha em ser parceira em mais esta edição da Fenalaw, porque a feira se tornou uma aliada dos advogados. Ela é importante para os escritórios maiores, que já estão bem estruturados e bem administrados, porque cria um momento de troca de experiência, buscando sempre o aperfeiçoamento administrativo. E, para os jovens advogados, que estão montando o primeiro escritório, possibilita a oportunidade de aprender o ABC de como se organiza uma sociedade de advogados”, afirma. o presidente da Ordem paulista, Luiz Flávio Borges D’Urso.

Revista Consultor Jurídico, 6 de julho de 2008
Fonte: http://www.conjur.com.br/static/text/67877,1

Nathalia Martins.

Advocacia-empresa

Divulgando matéria disponibilizada hoje no Consultor Juridico.


Advocacia-empresa
Escritório tem que aliar conhecimento jurídico e gestão
por Marina Ito

Se quiser manter a eficiência do atendimento, o escritório de advocacia precisa ter o mesmo nível de gestão que as empresas para as quais trabalha. Metas de crescimento e de redução de custo, técnicas de gerenciamento e otimização de recursos, aprimoramento jurídico, organização e informação têm de fazer parte da rotina de uma grande sociedade que quer primar pela qualidade. Ou seja, ser grande sem perder a qualidade e pessoalidade de pequeno.
A constatação é do advogado Décio Freire, dono do Décio Freire & Associados, escritório que começou em Minas Gerais e, hoje, possui 11 unidades atuando em tribunais de todo o país. O advogado explica que o escritório funciona como toda empresa. Tem especialistas, que não são advogados, encarregados da administração e das finanças do escritório, há programas de motivação de funcionários, o que garante a prestação de um serviço eficiente para causas simples e complexas.
Mas Décio Freire alerta: “não adianta ter uma mega estrutura, com gestão extremamente moderna, se não tiver o que oferecer ao cliente”. Como toda empresa, se o produto oferecido não for bom, a gestão não faz milagre. No caso do escritório, Décio Freire acredita que o conteúdo jurídico é fundamental.
Segundo o advogado, é preciso entender o escritório de advocacia como uma empresa e, assim como esta, comemorar seu centenário. “Procuro passar para meus advogados que não estamos no mercado como algo passageiro”, afirma.
O advogado recebeu a repórter da revista Consultor Jurídico no escritório localizado no centro do Rio de Janeiro. Contou a rotina de ir a cinco capitais por semana, responder mais de 200 e-mails por dia e cobrar insistentemente os diretores. “Sou tido até como chato”, afirma.
No anuário Análise da Advocacia 2007 o Décio Freire & Associados aparece em nono lugar no ranking dos maiores escritórios do país. O escritório tem 208 advogados, distribuídos em 11 unidades, que tocam 33 mil ações. “No primeiro semestre de 2008 foram realizadas 6.580 audiências, o que dá uma média de 60 por dia útil”. E como não perder audiência ou prazo? “Aí que entra a absoluta necessidade de uma gestão altamente profissional”.

Para conferir a entrevista na integra, visite http://www.conjur.com.br/static/text/67854,1

Nathalia Martins.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Seminário de Gestão de Escritórios de Advocacia em Salvador.

Divulgando nota do site da OAB-BA sobre Seminário de Gestão de Escritórios de Advocacia em Salvador.

O seminário sobre Gestão de Escritórios de Advocacia terá continuidade na próxima terça-feira, dia 08 de julho, a partir das 16:30h, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia, localizado na Piedade. O evento, organizado pela Comissão de Apoio às Sociedades de Advogados da OAB-BA, trará como temas: Gestão de Processos - Sistemas de arquivo e controle pessoal. As palestras serão ministradas por Ivanise Azevedo Tourinho, membro e coordenadora das Comissões de Tomadas de Contas e de Gestão do Conselho Federal de Biblioteconomia e por Fábio Campinho, diretor de TI da INSIX Soluções Inteligentes.

Fonte: Imprensa OAB-BA

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Revista ILLUSTRE

Recebi hoje uma edição brinde da revista Illustre em razão da minha intenção de realizar a assinatura. Esse mês a revista comemora um ano de existência. Como não consigo achar a revista em bancas em Salvador, só agora tive a oportunidade de conhecer de fato o conteúdo trabalhado na mesma.
Achei muito interessante a linguagem e a disposição dos conteúdos. Posso dizer que é uma revista diferente, objetiva e muito bem elaborada.
A Revista de ano 2, n 6, Julho/Agosto 2007, traz uma matéria ótima e completa sobre o marketing jurídico, onde foi realizado um levantamento para se conhecer a prática do escritórios de advocacia. O resultado obtido foi ótimo. Conhecer o que se faz, as estratégias utilizadas e os nomes importantes são essenciais para um crescimento dos estudos e metodologias adotadas no marketing jurídico.

Aos interessados, passo o site da revista, para maiores esclarecimentos:
www.revistaillustre.com.br

Equipe RN.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Divulgando assunto de interesse comum...

Forma de atendimento
Advocacia precisa descentralizar a assistência

por André Luís Alves de Melo

Existe no Brasil um advogado para cada 350 habitantes, ou seja, é a terceira média mundial. Mas, as pessoas alegam que não conseguem ter acesso ao profissional de sua confiança e precisam recorrer ao atendimento impessoal para carentes, como universidades, prefeituras e defensorias.
Nesse contexto, jovens advogados também não conseguem adentrar no mercado de trabalho privado e são empurrados para os concursos públicos, muitas vezes para cargos de nível médio e que pagam em torno de três salários mínimos mensais como oficiais de secretaria judicial. Afinal, a OAB não permite que cobrem abaixo da tabela, embora se discuta se a tabela é obrigatória ou sugestiva.
Nas escolas de direito não se vê mais muitos alunos que visam à advocacia privada, apenas dizem que vão advogar, se o forem, até serem aprovados em um concurso público.
Alguns estudiosos de gestão alertam para a questão de uma aparente entropia da profissão histórica. Contudo, a OAB federal informa genericamente que tem observado uma proletarização de profissão, mas parece que não tem nenhuma medida efetiva para novo rumo.
Toda forma de atendimento inovadora e que ameace a posição dos profissionais já estabilizados é considerada antiética, mercantilista ou captação de clientela. Mesmo sem adentrar profundamente no sentido desses conceitos.
Muitos advogados reclamam da falta dessa política de debates sobre a modalidade de atendimento, mas não conseguem ter eco coletivo. O mundo advocatício tem o problema ainda de ser um trabalho, em regra, conservador e isolado. Isso acaba refletindo no custo e na falta de oportunidade de emprego para os jovens advogados, pois não é comum a existência das grandes bancas de advocacia, em que os jovens advogados podem ser empregados e terem um plano de carreira. Não raro, são convidados para serem sócios informais em pequenos escritórios sem nenhuma perspectiva, ou seja, na real condição de um empregado jurídico sem a legalização devida.
Nas escolas não se ensina como montar um escritório, e em como conseguir ou manter um cliente. Há pouquíssimos congressos sobre o tema de gestão de escritório e quando existem, os preços são altos para o mercado. Ademais, na cultura geral ainda prevalece o processo judicial adversarial e desconsidera os meios extrajudiciais.
Observa-se que tem havido uma desregulação total do sistema e o prejudicado tem sido o próprio cidadão, além do próprio advogado. Aparentemente os advogados mais estabilizados tentam evitar uma concorrência com os novatos e impõe regras questionáveis por não serem previstas em lei como proibição de publicidade em rádio e TV (veículos de massa), bem como usam tabelas de honorários com valores altos para o interior (na prática poucos a cumprem, mas não divulgam, logo a concorrência é amenizada), além de dificultarem medidas associativas como as cooperativas.
Na área de saúde e engenharia já ocorreram mudanças substanciais no atendimento e formas de cobrança, mas no meio jurídico não. Por exemplo, a Odontoprev disse que cresceu no mercado em que havia muitos dentistas, mas a população tinha dificuldade de acesso aos consultórios por causa dos custos. Ou seja, havia oferta e procura, mas não conseguiam conciliar os interesses o que aconteceu através das cooperativas.
Tem-se observado que a defensoria vem atendendo quem não é carente, mas mesmo que atenda a quem é carente, é preciso definir esse conceito. Caso contrário, teremos o Estado atendendo à classe média e até a alta. E sobreviverão apenas os advogados que já têm um nome estabelecido no mercado. Afinal, os demais não conseguiram atuar conforme a tabela e somente terão como alternativa estabelecer um atendimento vantajoso para os que estariam indo para a assistência jurídica gratuita.
Contudo, em uma enquete informal constatamos que 80% dos advogados prefeririam uma descentralização da assistência jurídica. Observamos ainda que a renda mensal inferior a oito salários mínimos tem prevalecido no interior como advogado autônomo.
A rigor, destacamos que a advocacia mereceria uma pesquisa nacional e até mesmo uma coleta de dados para se encontrar algumas soluções e parâmetros.
Criou-se uma cultura popular de que advogado é caro e deve ser evitado. Em razão disso, é comum que o contador faça às vezes do advogado em razão de já ter um procedimento de cobrança mensal que facilita o acesso ao serviço. Em um escritório de contabilidade existem vários auxiliares para serviços rotineiros e poucos contadores. Na advocacia, em geral, existem vários advogados e poucos servidores auxiliares. É comum que o próprio advogado vá ao banco ou receita resolver questões de pagamentos dos clientes, mas este serviço poderia ser delegado para os auxiliares. Pois, quando o cliente chega ao escritório e não encontra o advogado procura outro.
Uma pesquisa indicou que a escolha do advogado pelo cliente depende muito de estar disponível no local de trabalho.
Destaca-se ainda que 80% das pessoas têm renda individual mensal inferior a dois salários mínimos e a família com renda mensal superior a três salários mínimos já é considerada classe média baixa para o IBGE. Logo, qual é o setor da população que será atendida pelo setor privado e qual será pelo estatal? Precisamos discutir isso para evitarmos conflitos e debates que implicarão em custos.
Assim, é preciso conciliar o atendimento jurídico com outras possibilidades das quais citamos:
1) Cooperativismo para atendimento jurídico aos carentes;
2) Estímulo aos planos de atendimento jurídico com pagamento mensal, ainda que apenas para consultas;
3) Possibilidade de pagar honorários mediante empréstimo consignado;
4) Abater despesas com advocacia no Imposto de Renda;
5) Implantar uma ficha social para triagem na gratuidade pelo órgão estatal;
6) Prever uma verba para assistência jurídica como no SUS e usar na integração;
7) Rede integrada no atendimento jurídico;
8) Estimular meios para consultas, pois é o que a sociedade deseja em 80% dos casos.
Acredito que a OAB deveria até mesmo fazer uma audiência pública para discutir este tema, ainda que adote outras soluções, mas o debate seria importante. Mesmo que se decida por manter a atual forma de trabalho. Porém, parece que há um setor da advocacia que deseja mudança, além da própria sociedade.
Revista Consultor Jurídico, 30 de agosto de 2007
Sobre o autor
André Luís Alves de Melo: é mestre em Direito Social e promotor de Justiça em Minas Gerais

Disponível em: http://conjur.estadao.com.br/static/text/59031,1