quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Divulgando assunto de interesse comum...

Forma de atendimento
Advocacia precisa descentralizar a assistência

por André Luís Alves de Melo

Existe no Brasil um advogado para cada 350 habitantes, ou seja, é a terceira média mundial. Mas, as pessoas alegam que não conseguem ter acesso ao profissional de sua confiança e precisam recorrer ao atendimento impessoal para carentes, como universidades, prefeituras e defensorias.
Nesse contexto, jovens advogados também não conseguem adentrar no mercado de trabalho privado e são empurrados para os concursos públicos, muitas vezes para cargos de nível médio e que pagam em torno de três salários mínimos mensais como oficiais de secretaria judicial. Afinal, a OAB não permite que cobrem abaixo da tabela, embora se discuta se a tabela é obrigatória ou sugestiva.
Nas escolas de direito não se vê mais muitos alunos que visam à advocacia privada, apenas dizem que vão advogar, se o forem, até serem aprovados em um concurso público.
Alguns estudiosos de gestão alertam para a questão de uma aparente entropia da profissão histórica. Contudo, a OAB federal informa genericamente que tem observado uma proletarização de profissão, mas parece que não tem nenhuma medida efetiva para novo rumo.
Toda forma de atendimento inovadora e que ameace a posição dos profissionais já estabilizados é considerada antiética, mercantilista ou captação de clientela. Mesmo sem adentrar profundamente no sentido desses conceitos.
Muitos advogados reclamam da falta dessa política de debates sobre a modalidade de atendimento, mas não conseguem ter eco coletivo. O mundo advocatício tem o problema ainda de ser um trabalho, em regra, conservador e isolado. Isso acaba refletindo no custo e na falta de oportunidade de emprego para os jovens advogados, pois não é comum a existência das grandes bancas de advocacia, em que os jovens advogados podem ser empregados e terem um plano de carreira. Não raro, são convidados para serem sócios informais em pequenos escritórios sem nenhuma perspectiva, ou seja, na real condição de um empregado jurídico sem a legalização devida.
Nas escolas não se ensina como montar um escritório, e em como conseguir ou manter um cliente. Há pouquíssimos congressos sobre o tema de gestão de escritório e quando existem, os preços são altos para o mercado. Ademais, na cultura geral ainda prevalece o processo judicial adversarial e desconsidera os meios extrajudiciais.
Observa-se que tem havido uma desregulação total do sistema e o prejudicado tem sido o próprio cidadão, além do próprio advogado. Aparentemente os advogados mais estabilizados tentam evitar uma concorrência com os novatos e impõe regras questionáveis por não serem previstas em lei como proibição de publicidade em rádio e TV (veículos de massa), bem como usam tabelas de honorários com valores altos para o interior (na prática poucos a cumprem, mas não divulgam, logo a concorrência é amenizada), além de dificultarem medidas associativas como as cooperativas.
Na área de saúde e engenharia já ocorreram mudanças substanciais no atendimento e formas de cobrança, mas no meio jurídico não. Por exemplo, a Odontoprev disse que cresceu no mercado em que havia muitos dentistas, mas a população tinha dificuldade de acesso aos consultórios por causa dos custos. Ou seja, havia oferta e procura, mas não conseguiam conciliar os interesses o que aconteceu através das cooperativas.
Tem-se observado que a defensoria vem atendendo quem não é carente, mas mesmo que atenda a quem é carente, é preciso definir esse conceito. Caso contrário, teremos o Estado atendendo à classe média e até a alta. E sobreviverão apenas os advogados que já têm um nome estabelecido no mercado. Afinal, os demais não conseguiram atuar conforme a tabela e somente terão como alternativa estabelecer um atendimento vantajoso para os que estariam indo para a assistência jurídica gratuita.
Contudo, em uma enquete informal constatamos que 80% dos advogados prefeririam uma descentralização da assistência jurídica. Observamos ainda que a renda mensal inferior a oito salários mínimos tem prevalecido no interior como advogado autônomo.
A rigor, destacamos que a advocacia mereceria uma pesquisa nacional e até mesmo uma coleta de dados para se encontrar algumas soluções e parâmetros.
Criou-se uma cultura popular de que advogado é caro e deve ser evitado. Em razão disso, é comum que o contador faça às vezes do advogado em razão de já ter um procedimento de cobrança mensal que facilita o acesso ao serviço. Em um escritório de contabilidade existem vários auxiliares para serviços rotineiros e poucos contadores. Na advocacia, em geral, existem vários advogados e poucos servidores auxiliares. É comum que o próprio advogado vá ao banco ou receita resolver questões de pagamentos dos clientes, mas este serviço poderia ser delegado para os auxiliares. Pois, quando o cliente chega ao escritório e não encontra o advogado procura outro.
Uma pesquisa indicou que a escolha do advogado pelo cliente depende muito de estar disponível no local de trabalho.
Destaca-se ainda que 80% das pessoas têm renda individual mensal inferior a dois salários mínimos e a família com renda mensal superior a três salários mínimos já é considerada classe média baixa para o IBGE. Logo, qual é o setor da população que será atendida pelo setor privado e qual será pelo estatal? Precisamos discutir isso para evitarmos conflitos e debates que implicarão em custos.
Assim, é preciso conciliar o atendimento jurídico com outras possibilidades das quais citamos:
1) Cooperativismo para atendimento jurídico aos carentes;
2) Estímulo aos planos de atendimento jurídico com pagamento mensal, ainda que apenas para consultas;
3) Possibilidade de pagar honorários mediante empréstimo consignado;
4) Abater despesas com advocacia no Imposto de Renda;
5) Implantar uma ficha social para triagem na gratuidade pelo órgão estatal;
6) Prever uma verba para assistência jurídica como no SUS e usar na integração;
7) Rede integrada no atendimento jurídico;
8) Estimular meios para consultas, pois é o que a sociedade deseja em 80% dos casos.
Acredito que a OAB deveria até mesmo fazer uma audiência pública para discutir este tema, ainda que adote outras soluções, mas o debate seria importante. Mesmo que se decida por manter a atual forma de trabalho. Porém, parece que há um setor da advocacia que deseja mudança, além da própria sociedade.
Revista Consultor Jurídico, 30 de agosto de 2007
Sobre o autor
André Luís Alves de Melo: é mestre em Direito Social e promotor de Justiça em Minas Gerais

Disponível em: http://conjur.estadao.com.br/static/text/59031,1

Boas notícias

No dia 29 de agosto, o Valor Econômico, apresentou números animadores para os profissionais de marketing jurídico e também para os escritórios de advocacia que ainda duvidam da força motora desta atividade.
Uma pesquisa foi realizada pelos especialistas Marco Antonio P. Gonçalves e Silvia Hodges e patrocinada pela organização não-governamental (ONG) americana Legal Marketing Association, com o objetivo de conhecer a utilização do marketing nos escritórios latino-americanos e estabelecer um comparativo entre as ações executadas por eles. O resultado desta pesquisa em linhas gerais, foi a contastação de que mais da metade das bancas brasileiras fazem uso de um plano estratégico de marketing, mesmo existindo as restrições impostas pelo Código de Ética e Disciplina da OAB. Segundo a notícia divulgada pela OABRJ,
“ Apenas 20,4% delas não possuem um departamento específico para cuidar desta área. Nos demais países este percentual alcança 40%.”
Para conferir melhor esses dados, a matéria está disponível para quem é assinante do Valor Econômico
www.valoronline.com.br e para os que não são, é possível encontrar no site http://www.oab-rj.org.br/index.jsp?conteudo=3584
obs- em resposta a essa matéria, divulgada no grupo de marketing jurídico, um dos pesquisadores (Marco Gonçalvez) faz uma ressalva em relação a alguns dados, e comunica que na edição deste mês da revista Advogados Mercado & Negócios, sairá uma matéria referente a esse tema e, ainda orienta para aqueles que tenham interesse em acompanhar as novidades sobre o estudo, visitar regularmente o site www.marketingjuridico.com.br/LMA.


Equipe RN Consultoria

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

A visão distorcida na busca por clientes. Comentando a notícia do Jornal EXTRA RJ : "Advogados no meio da lama"

Foi publicado no Jornal Extra RJ, no dia 22/08/2007, uma matéria que aborda a questão da ética em relação a captação de clientes. O tema desta notícia foi o rompimento de duas adutoras da Cedae, no Parque São Francisco, no Km 32 em Nova Iguaçu, Rio de janeiro e o instantâneo surgimento de uma dupla de advogados ofertando seus serviços com ganhos em indenizações de danos morais, com valores variando de R$ 8 mil a R$ 20 mil reais.
A matéria recebe o título de “Advogados no meio da lama”. E através dela, percebemos a conduta totalmente equivocada, dos senhores conhecidos como José Neto e Mário Seixas, advogados do escritório Mallet, na cidade referida.
A prática é completamente oposta tanto ao que rege o Código de ética da OAB, bem como no bom senso. Infelizmente, vemos a todo o momento, situações semelhantes e cabe a nós profissionais de marketing jurídico e do ramo do direito, andarmos em conjunto com as normas pré-estabelecidas e utilizarmos os meios legais – que são muitos e diversificados – para estabelecer uma conduta ética e profissional diante dos clientes e principalmente perante a classe.

Para ler a matéria, acesse:
http://extra.globo.com/rio/materias/2007/08/22/297385727.asp
Equipe RN.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

A importância do planejamento estratégico.

O planejamento estratégico é uma ferramenta muito utilizada em todas as áreas. Mas em que consiste esse tal planejamento???
Planejamento vem de plano, e plano vem da idéia de apontar soluções para determinadas situações. O planejamento é uma estruturação de estratégias, a partir de um prévio estudo amplo, com foco em determinado objetivo. Tanto pode ser realizado para uma função pontual, como pode servir para um conjunto de maior abrangência.

Hoje vemos o planejamento estratégico em empresas e principalmente na vida cotidiana. Isso é facilmente reconhecido e pode ser claramente exemplificado, numa situação comum, do dia-a-dia: Quando você vai comprar uma roupa para uma determinada ocasião (objetivo = estar adequado para o evento em questão), você já sabe em quais lojas pode encontrá-la, isso aconteceu porque já fez um estudo anterior que lhe permitiu ter um direcionamento especifico para resolução desta questão. Então você com um objetivo em foco, através de um conhecimento prévio, conseguem nortear sua atuação de compra, em função de preço e qualidade de serviço e outros elementos que julgue importante (estratégias), e em pouco tempo, atinge o resultado almejado. Neste mesmo pensamento se constrói o planejamento estratégico. Acumulam-se informações a respeito da empresa, dos concorrentes, das práticas exercidas no mercado, dos clientes, dos desejos e principalmente das necessidades apontadas, e a partir delas, define quais as melhores estratégias para alcançar o objetivo final.
A utilização desta ferramenta na área jurídica funciona para que o escritório ou o advogado consiga percorrer um caminho definido e adequado com sua realidade para que se chegue ao posicionamento desejado.


Equipe RN Consultoria


Fonte da foto: www.stockphotos.com.br/

terça-feira, 14 de agosto de 2007

A importância de uma imagem consolidada.

Para possuir destaque no segmento advocatício é necessário construir uma imagem de credibilidade e por tanto conseguir ser considerado consolidado. Quem responde a essa importância são os clientes, ao estarem além de satisfeitos com o tratamento e serviço oferecido, encantados com o resultado alcançado.
Não podemos ficar acreditando que somos bons, ou que fazemos da maneira certa, se não vemos o retorno do cliente ou a satisfação estampada na sua face. O cliente é a razão de qualquer empresa e não seria diferente para os escritórios de advocacia.
Por mais que os órgãos responsáveis, não desejem essa postura dos advogados e sociedades de advogados, o que todos no fundo visualizam é o retorno financeiro. Claro que essa visão não se consagra igualmente ao de um empresário varejista, mas como resultado, o lucro, é sempre bem visto.
A importância de uma imagem consolidada então é fruto de um árduo trabalho, que parte da qualidade técnica, ou seja, bons profissionais, os quais acreditam nas causas nas quais trabalham e procuram sempre o melhor caminho e a obtenção do resultado esperado do cliente. Que trabalha com ética, com transparência, sinceridade e humildade, com criatividade e perseverança e principalmente que busca a visualização do que poder vir a acontecer e se antecipa de qualquer imprevisto durante o processo de tramitação da causa. Quando o escritório atua assim, ou o advogado em particular, preserva essa forma de atuação, suas chances de destaque já são elevadíssimas. Atrelada a esse método, podemos ainda acrescentar alguns estímulos que agreguem na percepção do cliente para com o escritório ou advogado. Estímulos esses que são decorrentes do marketing jurídico e do seu campo de atuação.
Desta forma, confirmamos mais uma vez a importância da utilização do marketing jurídico para as sociedades de advogados.


RN Consultoria.

O passado e o presente.

Quando pensamos em advogados, pensamos em alguns nomes específicos. Seja para uma área particular ou para uma consultoria generalizada. Quando pensamos nesses nomes específicos, pensamos em profissionais qualificados, referência em prestação de serviço, qualidade técnica, amizade ... em fim, uma séria de características vem a tona. E toda essa construção ideológica, surge através de estratégias de marketing que são adaptadas ao universo jurídico.
Antigamente, os profissionais do direito, realizavam esses atos de forma intuitiva e assertiva. Devemos levar em consideração que a concorrência era pouca, e o número de profissionais, limitados. Porém, com esse boom de universidades e faculdades, especializações, a historia mudou e o contexto também. Hoje, não só é necessário ser intuitivo e assertivo, como está fundamentando em estratégias específicas para se obter um resultado semelhante ao praticado anteriormente.
O marketing utiliza variados elementos, de acordo com a necessidade de um determinado escritório, para conseguir um maior destaque no mercado e até mesmo conseguir atingir determinado seguimento.
Ao pensar em marketing para escritórios de advocacia, não devemos interpretar o sentido trabalhado como semelhante ao da publicidade. Para aqueles que não conseguem diferenciar uma coisa da outra, resumo em poucas palavras: o marketing é um conjunto de elementos, dentre os quais faz parte a publicidade. Assim como faz parte as relações públicas, a promoção de vendas e muitos outros braços que não fazem referência ao mundo do direito.
Sendo assim, não adianta querer continuar praticando as atitudes do passado. O mercado é dinâmico, há uma grande oferta de trabalho nesta área e a solução é a busca pela diferenciação fundamentada com as diretrizes do marketing jurídico.


Rn Consultoria.

domingo, 5 de agosto de 2007

Prospecção de clientes

Esse com certeza é um grande tema para debate.
O foco de um escritório de advocacia é a busca pelo desenvolvimento de um trabalho para um cliente. Porém, percebemos sempre a grande dúvida por partes dos advogados, em como conquistar tais clientes?! A pergunta é simples, mas não possui uma resposta pronta.
Existem na verdade, muitas estratégias, que quando usadas de maneira eficaz e adequadas, conseguem refletir a conquista do objetivo em questão.
Essas estratégias percorrem desde o atendimento e recepção correta do cliente no escritório, passando pela eficiência em resolver seu problema, terminando na satisfação e encantamento do mesmo.
Sei que fomos um pouco generalistas e que na realidade não é simples assim.
O cliente encontra-se cada vez mais exigente. Conhecedor dos seus direitos e das obrigações das empresas que contrata. Portanto, acabou a era do cliente em busca da empresa. O momento atual é da empresa na busca do seu cliente. Assim sendo, cabe ao escritório de advocacia, conhecer bem o seu público-alvo e a partir deste ponto, desenvolver ações que despertem o interesse pelos serviços que oferecem, para que quando exista a necessidade de um serviço desta ordem saiba buscar nas suas referências o nome em questão.
Lembrem-se: o trabalho de prospecção de clientes é lento e precisa de um mix de ações diferenciadas para que surjam resultados.


Equipe RN Consultoria